sábado, 2 de outubro de 2010

Assembleia de Freguesia


Realizou-se, no passado dia 29 de Setembro, a terceira Assembleia de Freguesia do corrente ano. Dois dias após a Assembleia Municipal, desta feita deslocalizada para Alfena, numa, parece-me, tosca tentativa de descentralização do poder autárquico.

Acrescente-se, já agora e entre parênteses, que não será com este tipo de decisões que se incrementará a participação das populações. Por junto, aquela Assembleia Municipal talvez passasse das 100 presenças, mas não chegava às 200. E isto numa freguesia com mais de 12.000 eleitores inscritos!

O período da ordem do dia da Assembleia de Freguesia era inócuo, embora se esperasse alguma coisa de interessante nos dois períodos de antes e após a ordem.

O grupo político do PS, agora pela voz dos eleitos pela Freguesia, foi lá repetir as intervenções que fizera na Assembleia Municipal. Tentarei voltar a este assunto lá mais para diante, não sem, de momento, deixar de referir a demagógica moção – aprovada por unanimidade por obra e graça do politicamente correcto – do “despoletamento”(1) do processo para a elevação da Vila de Alfena a cidade.

Um dos pontos altos da sessão foi um requerimento da “Coragem de Mudar” solicitando que lhe fosse fornecido o Relatório do Direito de Oposição. Ninguém sabia, naquela sala, do que se tratava! Ninguém, repito, sabia do dever da Junta de o elaborar e distribuir até Março de cada ano! As inobservâncias, no que à legalidade respeita, dos órgãos autárquicos alfenenses, são uma constante.

Outro ponto alto da noite foi as “não-respostas” do Presidente da Junta – em absoluto desrespeito pelo dever de informar – às variadas perguntas, quer de grupos políticos representados, quer do público presente. A questão do terreno destinado à Unidade de Saúde Familiar é paradigmática. Vale a pena ler, neste blogue, postal e comentários sobre o assunto.


(1) – Falar e escrever em português correcto há pouco quem. Mas espera-se de um deputado à Assembleia da República e, por acumulação, porta-voz do PS na Assembleia Municipal de Valongo (José Manuel Ribeiro) que saiba, pelo menos, que “despoletar” poderá significar exactamente o contrário do que pretendeu referir com o vocábulo. Ninguém deixa de ser quem é se, de vez em quando, vier até AQUI. O curioso é que a porta-voz na Assembleia de Freguesia – professora de profissão – nem deu pelo erro! E aquele pleonástico "SUBscrevo por baixo" do nosso excelso Vereador Soares? Já não tenho dúvidas: qualquer dia estaremos a falar “qualquer coisa”, que não português.
Imagem retirada da Wikipédia

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