sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Reunião da Junta de Freguesia de 4 de Janeiro de 2012

A DEMOCRADURA

Uma curta permanência em Lisboa impediu-me de assistir à reunião da Junta de Freguesia. Julgo, porém, nada ter perdido de interessante, tendo em conta a desinspirada Ordem de Trabalhos. Regressado, pus-me a par dos assuntos graças a este postal, neste Blogue, pois que, do sítio da Junta, pouco  mais se recolhe do que propaganda a eventos mais ou menos motorizados, tão ao gosto do nosso Secretário.

Das afirmações recolhidas - sim, porque estas reuniões são um monólogo, longo, monocórdico e geralmente entediante - ressaltou a diatribe contra a oposição, pela possibilidade de cair sobre a Junta alguma coima pela intervenção junto à ponte de S. Lázaro. O nosso Presidente, homem de Leis, admite implicitamente a ilegalidade da intervenção e esquece, uma vez mais, que, por muito justificável que seja qualquer atitude - a seus olhos, é bom de ver - jamais poderá ser caucionada por uma ilicitude.  Os fins NUNCA justificam os meios.

No período destinado à intervenção do público, foi orador o Dr. Arnaldo Soares, Vereador da Câmara Municipal de Valongo, actualmente sem Pelouros atribuídos, por obra e graça, não tanto do Dr. Melo, mas, ou da sua incompetência ou da sua subserviência, está ainda por esclarecer. Como já escrevi AQUI, se se lhe deve a paternidade dos orçamentos de 2010 e 2011, bem como das versões do Saneamento Financeiro, a avocação do Pelouro é perfeitamente justificada pela sua incompetência. Se, sómente, "assinou por baixo" - como gosta de dizer -  e não foi tido nem achado, como anda, para aí, a propalar aos quatro ventos, numa tosca tentativa de sair ileso daquela trapalhada financeira, então a justificação é a sua óbvia subserviência, o que ainda pior o "coloca na fotografia".
     
Pena foi não poder assistir ao discurso, displicentemente consentido pelo Sr. Presidente da Junta, sempre tão cioso e autoritário quando alguém se excede nos considerandos das perguntas. Claro, falava o "chefe" que, por razões de omnisciência não precisa de fazer perguntas, mas tão somente de perorar comicieiramente para UPA ouvir.

E assim vai a democracia, perdão, ditadura, perdão, democradura(1) alfenense!

J Silva Pereira 

(1) Novo sistema político em que uma qualquer força, em maioria, exerce, ditatorialmente, as suas competências.

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