Como diz Alain de Benoist, um eleito, só por esse facto, não tem legitimidade para fazer aquilo que pensa que é a vontade e os interesses dos que o elegeram. A sua legitimidade queda-se pela execução e nada mais. A auscultação das aspirações dos eleitores, por um lado, e a participação activa dos cidadãos, por outro, terão que ser uma constante. Para isso se utilizam, para além de uma gestão transparente, as diversas "ferramentas" da democracia - assembleias, referendos, inquéritos, plebiscitos, etc., onde o voto não é mais, como acrescenta Benoist, do que um meio técnico de auscultação, devendo evitar-se, cuidadosamente, a quantificação daquilo que é essencialmente qualitativo. No poder local, onde os partidos, quase em exclusividade, são os agentes políticos, há tendência para ser assumida apenas a representação, negando-se, quase sempre de modo consciente, a participação. No nosso caso particular e para nosso mal, os partidos criaram, ainda por cima, clientelas bem definidas, impeditivas de uma participação alargada.
Assembleia - Antes da Ordem do Dia
Declaração política
A Coragem de Mudar lembrou, uma vez mais, a falta de democraticidade do Sr. Presidente da Junta. O Sr. Presidente da Junta sentiu, inequivocamente, o toque e reagiu - o que só lhe fica bem - esquecendo - ou fazendo-se esquecido - que a CM tem razão: Se, por um momento, apenas por um momento, recordar todos os episódios que rodearam a questão do "Estatuto da Oposição" - para não referir outras situações tão ou mais importantes do que essa - não pronunciaria aquela boutade em sua defesa. Ou talvez a pronunciasse, exactamente por virtude da sua falta de democraticidade.
Terreno do Centro de Saúde
Terreno do Centro de Saúde
Há necessidade de desmistificar o processo do terreno do Centro de Saúde. Por favor, não subestimem a nossa capacidade de análise! Antes de mais, o Sr. Neves Pereira não é, de modo nenhum, aquele benemérito que querem fazer crer. Fez o seu negócio - com toda a legitimidade - mas aceitou prestar-se a representar o papel de benemérito, com direito a retrato no jornal e agradecimento oficial.
A questão tem outra face. Trata-se, antes de tudo o mais, de uma hábil - tenho que reconhecê-lo - manobra de diversão para esconder um negócio, de contornos subtilmente escamoteados dos não iniciados, com custos para o erário municipal, e benefícios para uns quantos cidadãos da nossa praça. Tudo isto, independentemente do bem que a nova Unidade de Saúde venha a proporcionar à população alfenense, devia ser público e transparente. Mas não é! Como querem que os tomemos a sério?
Zona Industrial II
Zona Industrial II
Aquilo a que, em tempos, se pretendeu chamar "Nova Zona Industrial de Alfena", tendo em conta recentes decisões, impedirá, estamos convencidos, a alteração, no sentido que interessa aos alfenenses, dos "Limites da Freguesia" tal como hoje se encontram definidos na CAOP. Ao Município, nem aquenta, nem arrefenta! A Sobrado e a Valongo interessa como está e Alfena vai levar com as consequências - ambientais e outras - da desatenção de quem permitiu, em tempos não muito recuados, este estado de coisas. Vai a culpa, como sempre, morrer solteira?
Não nos alegram, bem pelo contrário, as perspectivas dos prejuízos que se adivinham. Cabe à actual maioria procurar e encontrar soluções de trabalho para a luta que se avizinha. Penso que lhe ficaria bem promover a criação de uma comissão paritária que incluísse as três forças políticas representadas. Se perdessem a questão, repartiriam equitativamente a "derrota", se a vencessem, ganhava Alfena inteira. Afinal, "o que é comum, interessa a todos"!
Ordem do Dia
Informação Escrita
Ordem do Dia
Informação Escrita
Perguntou a Coragem de Mudar se a execução orçamental, pelo banda das Receitas, estava a decorrer dentro da normalidade prevista. Não resistiu, o Sr. Presidente da Junta, a considerar capciosa a pergunta. Obviamente que é capciosa! Nem podia deixar de ser face à constante e deliberada ocultação destes e doutros elementos. De qualquer maneira, houve por bem responder, ipsis verbis, que "a execução está no que é expectável". Queira acreditar, Sr. Presidente, que tomámos boa nota desta sua afirmação. Para memória futura.
Acção Social e AVA
Acção Social e AVA
Sempre estranhámos a pouco saudável promiscuidade da Acção Social do Executivo e as acções de beneficência da AVA, enquanto organização - e actualmente, IPSS - nascida por obra e graça da autarquia. Isto, independentemente do mérito de quem a dirige, apesar de, em nosso opinião e, uma vez mais o afirmamos, preferirmos que este tipo de actividade, essencialmente caritativa, estivesse, toda ela, entregue ao CSPA, muito mais vocacionado e com larga experiência. Além disso, não surgiriam maledicentes comentários, feitos à "boca pequena", relacionados com ocultas razões desta acção social. Adiante.
Pode ver-se aqui uma excelente crítica, aliás perfeitamente justificada, à situação actual. Lamentámos o teor da intervenção da Dra. Manuela, até porque admiramos o seu empenho e a sua dedicação à causa.
Diz-se que os conselhos não têm qualquer valor, porque, de outra forma, vender-se-iam em vez de se darem. Apesar disso, aqui fica um: a Dra. Manuela só tem a ganhar em prestar publicamente contas dos dinheiros e de outros donativos que recebe e utiliza na AVA. Sejam oriundos da Segurança Social - como vai ser futuramente - ou tenham eles outras origens. Dra. Manuela olhe que "quem avisa, amigo é".
Partido Socialista
Partido Socialista
Recuso-me a falar do PS. É, em Alfena, infelizmente, um grupo politicamente amorfo, trazendo à colação questões menores, como quem tem medo de ofender o adversário, mesmo tendo capacidade para o fazer. Jamais o vi votar frontalmente contra a ditadura de maioria dos UpA, mesmo estando em causa arbitrariedades que o afectavam. Consta que recebem instruções no sentido de assim procederem, o que, a ser verdade, se lamenta. Para além de se ter transformando no paradigma do que não deve ser a política no poder local. Infelizmente, uma completa desilusão, ao fim de dois anos de mandato.
Período destinado ao Público
Período destinado ao Público
Fiz uma intervenção, no tempo destinado ao público, sobre o Talhão Militar existente no cemitério. Acompanhando o assunto desde o seu início, estranhei que, na sua requalificação, se incluísse um jazigo destinado aos Bombeiros de Ermesinde. Verdade seja dita que não é isto que se passa. Existe já um jazigo daquela Instituição que, por sinal, está pouco cuidado, havendo, a Junta, entendido requalificá-lo também, utilizando, para tal, o subsídio que habitualmente concede àquela Corporação. A minha estranheza derivou do desconhecimento da existência do jazigo em causa. Explicada a questão, nada tenho, obviamente, a opor à decisão da Junta e, porque legalmente impedido de dialogar no decurso da Assembleia, finda ela, tive a oportunidade de, junto do seu Presidente, justificar a minha intervenção.
J Silva Pereira
Post Scriptum:
Poderá ver-se aqui um indignado (mas com inteira razão) postal a propósito de uma disparatada afirmação do Sr. Presidente da Junta, referindo desconfianças, totalmente despropositadas, relativamente a membros da Oposição.
SP.
J Silva Pereira
Post Scriptum:
Poderá ver-se aqui um indignado (mas com inteira razão) postal a propósito de uma disparatada afirmação do Sr. Presidente da Junta, referindo desconfianças, totalmente despropositadas, relativamente a membros da Oposição.
SP.
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