segunda-feira, 6 de julho de 2015

A ASSEMBLEIA RELÂMPAGO (Continuação)

Inovações, ou talvez não!

Não tenho o gosto de conhecer pessoalmente o Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia. Como político e no desempenho do seu cargo, parece-me algo inseguro e desconhecedor do ABC da função, mas, sobretudo, é bem patente a subserviência política ao chefe dos UpA.

Por iniciativa própria (do que se duvida) ou instruções alheias (o que é mais certo) a presidência da Mesa adoptou neste mandato, um novo formato de assembleia. A reunião do Órgão Deliberativo da Freguesia, exactamente aquele que é o único democraticamente eleito, vem sendo antecedida de uma reunião, pomposamente denominada "conferência de líderes", durante a qual e nas costas dos eleitores, se combinam os trâmites da Assembleia.

A intenção é, inequivocamente, evitar a discussão política dos assuntos - a argumentação do Presidente da Junta é, normalmente, fraca e, o seu discurso, em estilo "redondo", é demasiado cansativo pela constância do uso. Junte-se a tudo isto o desinteresse da Oposição - não consigo perceber como se presta a este tipo de habilidades - e temos um  excelente "caldo de cultura"  assaz satisfatório para o ego absolutista do Dr. Arnaldo Soares.

E o público (pouco) presente sai de lá ainda mais ignorante do que quando entrou!!

A Assembleia de 29 de Junho foi paradigmática. Na dita "conferência de líderes" ficou combinada a retirada de três Pontos (aprovação de dois Regulamentos e alteração de um outro). A explicação do facto, endossada pelo Sr. Presidente da Assembleia ao Sr. Presidente da Junta, foi, como se esperava vinda deste último, atamancada. "Esqueceu-se", porém, de referir um ou dois pormenores:

Primeiro: os Regulamentos foram redigidos tendo em conta as disposições da Lei 27/2013 - o que indicia não se tratar de originais, mas sim, de adaptações de outros quaisquer - lei esta que foi revogada pelo Dec-Lei 10/2015.

Segundo: A utilização do "Espaço Multiusos" sob o viaduto da A41 tem condicionalismos. O espaço foi cedido, a título gratuito, pelas Estradas de Portugal, sob condição de que o seu uso não fosse onerado. Escrevo de memória, pois perdi a pesquisa em tempos feita, a qual remonta ao anterior mandato. Mas, com o tempo, alguma coisa hei-de encontrar.

(Continua em breve)

J Silva Pereira

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