sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Assembleia de Freguesia de 19 de Dezembro


O Homem põe e Deus dispõe, diz o Povo e com razão. Tinha pensado escrever sobre a Assembleia, pelo menos durante o fim de semana que se lhe seguiu, mas foi, de todo, impossível, por razões de ordem vária. Mas o Povo também diz que vale mais tarde do que nunca e, dando razão, ao Povo, aqui vão algumas questões que guardei, nos escaninhos da memória, para este dia.

A nova composição

Várias caras novas, outras conhecidas, algumas de há muito. Na Mesa, temos um novo Presidente, ainda hesitante na orientação dos trabalhos, mas a Assembleia não lhe deu muito que fazer.
O Executivo, algo variado relativamente ao mandato anterior, mas com os três "políticos profissionais" em quem 24% dos eleitores continua a dar a sua confiança, para o bem, ou para o mal.
Na Assembleia, dos três membros do PS, um deles transitou do mandato anterior e o PSD reapareceu neste mandato com três caras bem conhecidas dos Alfenenses.

Antes da Ordem do Dia

Intervenções de circunstância e votos natalícios. Pouco mais!

Ordem do Dia

De verdadeiramente importante houve, apenas, a apreciação e votação do Orçamento, do PPI e do Mapa de Pessoal. Tudo passou sem dificuldade, dada a maioria absoluta reinante. O Presidente da Junta não resistiu a um comiciozinho a propósito do Orçamento. A oposição votou contra ou absteve-se, já não sei bem e apresentou declaração de voto. A população presente, eu próprio incluído, ignorante de toda a documentação, continuou tão ignorante como antes da Assembleia.

E chamam a isto, Democracia, isto é, o governo do Povo! Estranha coisa!

De referir, desde já, que não foram apreciadas, nem votadas, as Opções do Plano, peça fundamental dos documentos de gestão previsional. Com efeito, não é possível orçamentar seja o que for sem se saber, com exactidão, o que se pretende fazer durante o período.
Custa-me, também, a perceber que o Presidente da Assembleia tenha subscrito o Edital convocatório sem interpelar sobre este mesmo assunto, quem o elaborou.
Justifica-se uma leitura atenta da Lei 75/2013 para que falhanços deste tipo se não verifiquem. Mas não acredito muito. Há já alguns anos que me bato, em Alfena, pela qualidade e pela transparência da documentação financeira, todavia sem êxito.
Continuemos teimando!
Pessoa amiga, entretanto, fez-me chegar às mãos a documentação apreciada. Irei, calmamente, analisá-la, prometendo voltar, brevemente e neste local, ao tema.

Seguiu-se, pouco depois, a apreciação da Informação Escrita do Presidente da Junta. Ninguém se pronunciou sobre o assunto, o que não impediu mais um comiciozinho do autor da prosa.

Depois da Ordem do Dia - Intervenção do Público

Interveio o Sr. Celestino Neves, Amigo Caro e cidadão atento, interessado e interventivo. Autor do blogue "A Terra Como Limite", é, actualmente, membro da Assembleia Municipal. E interveio sobre o velho tema da "lei da rolha" que dura e continuará a durar na política alfenense.
Perguntou ao Presidente da Assembleia se iria tomar qualquer atitude relativamente à obrigatoriedade de registo para o acesso, no sítio da Junta, aos documentos da Assembleia. Talvez desconhecendo o que se tratava - será que, em alguma altura, se terá registado para aceder aos documentos políticos? - o Presidente da Assembleia deu a palavra ao Presidente da Junta que perorou, no seu estilo de fazer chorar as pedras, sobre a liberdade reinante. Quem o conhece, ficou perfeitamente ciente de que a "lei da rolha" vai continuar,  


E, hoje, 8 dias depois da Assembleia, a "lei da rolha" continua efectivamente, impávida e serena!

J Silva Pereira